quinta-feira, 28 de julho de 2011

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Voltaire e a liberdade de expressão

"Posso não concordar com nenhuma das palavras que você diz, mas defenderei até a morte seu direito de dize-las".


Dizem que o Brasil é democrático. Dizem que há uma constituição que defende os direitos individuais. Básicos e fundamentais. À vida. À liberdade. À segurança. À igualdade. Aham... 




sábado, 28 de maio de 2011

Escreva Lola Escreva: DICAS PARA PREVENIR ESTUPROS. NÃO SE OFENDA!

Escreva Lola Escreva: DICAS PARA PREVENIR ESTUPROS. NÃO SE OFENDA!: "Siga essas dicas de prevenção de estupro. Sim, sabemos que é difícil, mas... você consegue! (Imagem tirada daqui , de um texto que circula j..."

Tive que colocar, obrigatoriamente, esse link para o Blog da Lola. Eu adoro o blog e considero-o muito importante para motivar as pessoas na construção de uma sociedade melhor (embora considere que estejamos rumo a um futuro cada vez pior).

Lendo o post e alguns comentários, essa é a única coisa que considero justa nesse caso (nesse exato momento não consigo pensar em paciência, tolerância nem compaixão... não mesmo!):

segunda-feira, 23 de maio de 2011

O encantador de leões



Um sul-africano, que vem sendo chamado de "encantador de leões", tem animais de estimação pouco comuns.


Kevin Richardson, é dono de uma grande reserva perto de Johanesburgo, que abriga 38 leões.


Trabalhando com o comportamento animal, ele teve o primeiro contato com leões há 11 anos e teve a oportunidade de conviver com dois filhotes nascidos em cativeiro.


Ao longo dos anos, Richardson foi aceito pelos animais, pode rolar no chão com machos e fêmeas, que o deixam até brincar com os filhotes.


Para mais, acessar: http://www.lionwhisperer.co.za

E esse outro vídeo é para chorar mesmo!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Vamos fazer um teste?

Declaração: 

"Eu tenho nojo de pessoas brancas e heterossexuais. Acho que são todos uns idiotas, imorais, desgraçados. Deveriam ser todos fuzilados. Mas antes torturados. Aliás, deveriam apanhar bastante antes de serem libertados dessa vida inútil que levam. Principalmente os homens. Esses são os piores: podres e ignorantes. Seres irracionais e estúpidos! Não se controlam e sempre culpam o instinto e hormônios. E ainda por cima fedem!"

Será que alguém acha isso normal e justificável?

Então, por que insultar o diferente é?

Por que tant@s indivídu@s defendem aquele cidadão chamado Jair Bolsonaro? 

Por que acham que racismo é normal? Homofobia também?

Por que acham que subjugar e humilhar mulheres é aceitável?

Chega de violência e intolerância. Somos todos seres vivos. Somos todos animais. Somos todos iguais!!!

Ótimo vídeo! É isso aí: vamos todos viver e deixar viver - que o mundo é grande e dá pra todos...

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Fim do mundo - verdadeiramente!

    Caçadas a onças feitas no Pantanal com a ajuda de uma escrota de uma "ambientalista": 
    http://tribunaanimal.org/index.php?/Noticias/ANIMAIS-BRASIL/Safaris-para-abater-oncas-no-Pantanal-aconteciam-ha-pelo-menos-15-anos-diz-delegado.html  
                 
    http://oglobo.globo.com/cidades/mat/2011/05/10/safaris-para-abater-oncas-no-pantanal-aconteciam-ha-pelo-menos-15-anos-diz-delegado-924428298.asp#ixzz1M0cN7CGG



    Querem Jair Bolsonaro para presidente:                                                                               http://oglobo.globo.com/pais/mat/2011/05/12/deputado-bolsonaro-senadora-marinor-brito-quase-saem-no-tapa-924441150.asp
     
    Crianças com botox e fazendo depilação:                                                                           http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2011/05/mae-aplica-botox-na-propria-filha-de-8-anos-nos-estados-unidos.html
      
      Pena de morte na Uganda para gays:                                                                                         http://www.avaaz.org/po/uganda_stop_homophobia_petition/?cl=1065704118&v=9084

        Até na cidade de Embu Guaçu as pessoas são nojentas com os animais:                                                                 http://www.youtube.com/watch?v=LkjD7p7KgZQ&feature=youtu.be 

        Milhares de mulheres morrem todos os dias e eu ainda tenho que tolerar gente (homens e mulheres, o que é pior) machista pertinho, pertinho de mim:                                                                                    http://machismomata.wordpress.com/                      
                                                                 
        Mudança do Código Florestal - vamos desmatar tudo pra os ruralistas do governo ter mais dinheiro porque o que eles ganham é pouquinho (dá um dó tão grande que sinto vontade de esquartejar tudinho):                                                             http://www.avaaz.org/po/peticao_codigo_florestal/?twi 

          Mais sinais à medida dos acontecimentos e conhecimentos...  


          quarta-feira, 11 de maio de 2011

          Eu também vou reclamar!

           O ônibus vai sair às 07h30. Comento antes da partida: "sabe uma das coisas que mais me irrita? Quando tem alguém já ocupando meu lugar".

          Foi uma previsão: quando botei os olhos no meu assento, tinha um senhor sentado. Por volta dos seus 40 anos de idade, bem alto e forte (diria que acima do seu peso). Eu olhei, do alto de minha arrogância, e pensei: bom, pelo jeito dele, acho que nem nunca andou de ônibus. Ele vai na janela, se entretendo, vai ser bom. E outra: vai ser mais fácil para sair estando no corredor do que na janela, né? 

          É mesmo! Sempre é bom a gente se dar desculpas para não exigir o correto e nossos direitos. 
          Oras, se eu escolhi a porcaria da janela e o senhor o corredor, por favor, vá para seu lugar, pois esse daí é meu. Simples assim.

          Acomodei-me, contrariada e tentando acreditar que fiz o melhor para mim, principalmente.

          "Coloque a bolsa lá em cima", já pegando a minha mochila. Irritada com o tom imperativo e com a ousadia, falei que não precisava, que levaria no colo mesmo.

          Coloquei o fone no ouvido no último volume, mas o senhor não parava de falar e de me perguntar tudo que lhe vinha à cabeça. Respondi, por educação, maldita esta, mas continuava colocando o fone no ouvido, sempre que tirava para entender o que ele estava falando. E ainda me sentia mal por não dar a atenção devida e nem ser gentil com o mesmo - por que raios sou assim? 

          Comecei a pensar que foi a pior idéia que tive na vida: se tivesse pedido a ele que saísse logo, talvez ele não pensaria que, por ser homem, eu tive medo ou vergonha ou me senti constrangida por retirá-lo do MEU lugar. Às vezes sou mesmo polida demais, pensei... Graças a essa cultura de não reclamar que é típica d@ brasileir@!!!

          Quando pensava que ia poder ficar em paz, fingindo que não percebia enquanto ele falava, o cidadão me cutucava o ombro pra que eu prestasse atenção. A essa altura, vários pensamentos sanguinários já se passavam na minha cabeça. Gandhi e Dalai Lama não funcionam, algumas vezes.

          Seriam pouco mais de 7 horas de viagem nesse ritmo, se não tivesse pensado na única solução lógica para a situação: fingir que estava dormindo.

          Deu certo! Até a hora do almoço. Depois, um evangélico colocou o celular para tocar músicas gospel para todos ouvirmos. Porque, claro, deus é surdo e ele também! 

          A um hora e meia do meu destino, consegui um lugar vago no final do ônibus, na cara do banheiro. Corri pra lá, obviamente. Lá chegando, além do banheiro, tinha um outro senhor (repare que os homens são realmente uns fofos!) com o celular também ligado, mas dessa vez a música não era gospel. Era do satanás mesmo!

          Depois disso, decidi: "educação" desse tipo, NUNCA MAIS! 

          Moral da história: ganhei um Sonho de Valsa (do senhor de 40 anos) pela minha impaciência, intolerância e falta de compaixão...  


          P.S. Não comi o chocolate, é claro. Ia acabar tendo uma indigestão, na certa!




          Até quando você vai ficar usando rédea
          Rindo da própria tragédia?
          Até quando você vai ficar usando rédea
          Pobre, rico ou classe média?
          Até quando você vai levar cascudo mudo?
          Muda, muda essa postura
          Até quando você vai ficando mudo?
          Muda que o medo é um modo de fazer censura
          (Refrão)
          Até quando você vai levando porrada, porrada?
          Até quando vai ficar sem fazer nada?
          Até quando você vai levando porrada, porrada?
          Até quando vai ser saco de pancada?

          quarta-feira, 4 de maio de 2011

          Manifesto - Assinem (quem concordar, é claro!)

           
          MANIFESTO
           
          (Fonte também do texto abaixo)
           
          pelo fim da publicidade e da comunicação mercadológica
          dirigida ao público infantil

          Em defesa dos diretos da infância, da Justiça e da construção de um futuro mais solidário e sustentável para a sociedade brasileira, pessoas, organizações e entidades abaixo assinadas reafirmam a importância da proteção da criança frente aos apelos mercadológicos e pedem o fim das mensagens publicitárias dirigidas ao público infantil.

          A criança é hipervulnerável. Ainda está em processo de desenvolvimento bio-físico e psíquico. Por isso, não possui a totalidade das habilidades necessárias para o desempenho de uma adequada interpretação crítica dos inúmeros apelos mercadológicos que lhe são especialmente dirigidos.

          Consideramos que a publicidade de produtos e serviços dirigidos à criança deveria ser voltada aos seus pais ou responsáveis, estes sim, com condições muito mais favoráveis de análise e discernimento. Acreditamos que a utilização da criança como meio para a venda de qualquer produto ou serviço constitui prática antiética e abusiva, principalmente quando se sabe que 27 milhões de crianças brasileiras vivem em condição de miséria e dificilmente têm atendidos os desejos despertados pelo marketing.

          A publicidade voltada à criança contribui para a disseminação de valores materialistas e para o aumento de problemas sociais como a obesidade infantil, erotização precoce, estresse familiar, violência pela apropriação indevida de produtos caros e alcoolismo precoce.

          Acreditamos que o fim da publicidade dirigida ao público infantil será um marco importante na história de um país que quer honrar suas crianças.

          Por tudo isso, pedimos, respeitosamente, àqueles que representam os Poderes da Nação que se comprometam com a infância brasileira e efetivamente promovam o fim da publicidade e da comunicação mercadológica voltada ao público menor de 12 anos de idade.


          sexta-feira, 29 de abril de 2011

          A realidade tal como ela é Parte I

          EARTHLINGS (TERRÁQUEOS)



          É um filme-documentário sobre a absoluta dependência da humanidade em relação aos animais (para estimação, alimentação, vestuário, diversão e desenvolvimento científico), mas também ilustra nosso completo desrespeito para com os assim chamados "provedores não-humanos". Este filme é narrado por Joaquin Phoenix (GLADIADOR) e possui trilha sonora composta pelo artista Moby.

          A realidade tal como ela é Parte II

          ATAVE - A agricultura escancarada


          Curta-metragem de autoria de Guilherme Carvalho, Biólogo pela Universidade Federal de Pernambuco e Gerente de Campanhas da HSI (Humane Society International) no Brasil. O vídeo é produto do trabalho de conclusão de curso de Guilherme, onde o mesmo registrou várias etapas do processo industrial avícola, em estabelecimentos do Estado de Pernambuco. Essas imagens, infelizmente, não representam a exceção, mas o padrão.

          A realidade tal como ela é Parte III

          A Carne é Fraca 


          Instituto Nina Rosa

          http://www.institutoninarosa.org.br/produtos-inr/a-carne-e-fraca
          Alguma vez você já pensou na trajetória de um bife antes de chegar ao seu prato? Nós pesquisamos isso para você e contamos neste documentário aquilo que não é divulgado. Saiba os impactos que esse ato - de comer carne representa para a sua saúde, para os animais e para o planeta. Com depoimentos dos jornalistas Washington Novaes e Dagomir Marquezi, entre outros.

          quinta-feira, 21 de abril de 2011

          quarta-feira, 20 de abril de 2011

          SEJAMOS TODOS GAYS

          Vamo ou bora?


          Sejamos Gays. Juntos.

          abril 12, 2011

          Adriele Camacho de Almeida, 16 anos, foi encontrada morta na pequena cidade de Tarumã, Goiás, no último dia 6. O fazendeiro Cláudio Roberto de Assis, 36 anos, e seus dois filhos, um de 17 e outro de 13 anos, estão detidos e são acusados do assassinato. Segundo o delegado, o crime é de homofobia. Adriele era namorada da filha do fazendeiro que nunca admitiu o relacionamento das duas. E ainda que essa suspeita não se prove verdade, é preciso dizer algo.

          Eu conhecia Adriele Camacho de Almeida. E você conhecia também. Porque Adriele somos nós. Assim, com sua morte, morremos um pouco. A menina que aos 16 anos foi, segundo testemunhas, ameaçada de morte e assassinada por namorar uma outra menina, é aquela carta de amor que você teve vergonha de entregar, é o sorriso discreto que veio depois daquele olhar cruzado, é o telefonema que não queríamos desligar. É cada vez mais difícil acreditar, mas tudo indica que Adriele foi vítima de um crime de ódio porque, vulnerável como todos nós, estava amando.

          Sem conseguir entender mais nada depois de uma semana de “Bolsonaros”, me perguntei o que era possível ser feito. O que, se Adriele e tantos outros já morreram? Sim, porque estamos falando de um país que acaba de registrar um aumento de mais de 30% em assassinatos de homossexuais, entre gays, lésbicas e travestis.

          E me ocorreu que, nessa ideia de que também morremos um pouco quando os nossos se vão, todos, eu, você, pais, filhos e amigos podemos e devemos ser gays. Porque a afirmação de ser gay já deixou de ser uma questão de orientação sexual.

          Ser gay é uma questão de posicionamento e atitude diante desse mundo tão miseravelmente cheio de raiva.

          Ser gay é ter o seu direito negado. É ser interrompido. Quantos de nós não nos reconhecemos assim?

          Quero então compartilhar essa ideia com todos.

          Sejamos gays.

          Independente de idade, sexo, cor, religião e, sobretudo, independente de orientação sexual, é hora de passar a seguinte mensagem pra fora da janela: #EUSOUGAY

          Para que sejamos vistos e ouvidos é simples:

          1) Basta que cada um de vocês, sozinhos ou acompanhados da família, namorado, namorada, marido, mulher, amigo, amiga, presidente, presidenta, tirem uma foto com um cartaz, folha, post-it, o que for mais conveniente, com a seguinte mensagem estampada: #EUSOUGAY

          2) Enviar essa foto para o mail projetoeusougay@gmail.com

          3) E só

          Todas essas imagens serão usadas em uma vídeo-montagem será divulgada pelo You Tube e, se tudo der certo, por festivais, fóruns, palestras, mesas-redondas e no monitor de várias pessoas que tomam a todos nós que amamos por seres invisíveis.

          A edição desse vídeo será feita pelo Daniel Ribeiro, diretor de curtas que, além de lindos de morrer, são super premiados: Café com Leite e Eu Não Quero Voltar Sozinho.
          Quanto à minha pessoa, me chamo Carol Almeida, sou jornalista e espero por um mundo melhor, sempre.

          As fotos podem ser enviadas até o dia 1º de maio.

          Como diria uma canção de ninar da banda Belle & Sebastian: ”Faça algo bonito enquanto você pode. Não adormeça.” Não vamos adormecer. Vamos acordar. Acordar Adriele.

          — Convido a todos os blogueiros de plantão a dar um Ctrl C + Ctrl V neste texto e saírem replicando essa iniciativa — Texto original: http://projetoeusougay.wordpress.com/2011/04/12/sejamos-gays-juntos/

          terça-feira, 19 de abril de 2011

          Quase nunca consigo...

          Eu aprendi que é difícil traçar uma linha entre ser gentil, não ferir as pessoas e saber lutar pelas coisas que eu acredito.


          domingo, 17 de abril de 2011

          Sociedade nojenta

          Esse post vai ser sobre homofobia. 
          Mas vai ser sobre todos os homofóbicos que plantam o ódio e disseminam o pior que há na humanidade no mundo.
           Que eles vivam para ver a tolerância e o amor triunfar e a homossexualidade ser respeitada.

           


          Aqui para vocês:


          Observação final: esse post estava muito mais agressivo. Decidi modificar. 
          Tolerância, compaixão e paciência com pessoas que só dão o que tem.

          Das antigas

          Observação inicial: não sei quantos anos tinha. Mais do que 10 e menos do que 17, provavelmente. E escrevia. Principalmente sobre um assunto. Porque recebia doses cavalares de uma droga chamada "amor romântico". Algo que não existe. Nunca existiu. Nem sei mesmo se o amor, enquanto sentimento, existe. Talvez não. Não saberia escrever sobre isso claramente. Agora não. Mas enfim... Eis o texto:



          Olhei para o céu. Vi uma nuvem. Muito branca por sinal. Olhei para o lado e vi uma cobra no quintal. Saí correndo e caí. Caí de barriga no chão. Olhei para o céu e senti um aperto no coração. A nuvem ainda estava lá. Bem em cima do meu quintal. Mas há pouco tempo estava do outro lado do varal. Que loucura, pensei. Aquela nuvem não estava aqui? Terei ficado louca, na hora em que caí? Acho que ela me seguiu, pois não há explicação. Levantei-me e levei um outro escorregão. Nessa queda que levei, muito doeu e eu senti, que ao cair no chão, muita coisa eu perdi: a nuvem andou e eu não vi.

          Uma frase

          É fácil criticar aqueles cujas responsabilidades não temos.


          sábado, 16 de abril de 2011

          PROCURA-SE (não sei a autoria)



          Procuro algum lugar no planeta
          Onde a vida seja sempre uma festa
          Onde o homem não mate
          Nem bicho nem homem
          E deixe em paz
          As árvores na floresta
          Procuro algum lugar no planeta
          Onde a vida seja sempre uma dança
          E mesmo as pessoas mais graves
          Tenham no rosto um olhar de criança.

          Eu fui ajudá-lo a chorar (não sei a autoria)

          O autor Leo Buscaglia foi, certa vez, convidado a ser jurado de um concurso numa escola, cujo tema era: "A criança que mais se preocupa com os outros". 

          O vencedor foi um menino, cujo vizinho - um senhor com mais de 80 anos - acabara de ficar viúvo. Ao notar o velhinho no seu quintal, em lágrimas, o garoto pulou a cerca, sentou-se no seu colo, e ali ficou por muito tempo. 

          Quando voltou para casa, a mãe lhe perguntou o que dissera ao pobre homem:

          - Nada - disse o menino. - Ele tinha perdido a sua mulher, e isso deve ter doído muito. Eu fui apenas ajudá-lo a chorar.

          Você sabe com quem está falando? (Mário Sérgio Cortella)

          Sei! O vice-treco do sub-troço:  



          Observação final: esse vídeo não achei no meio de minha bagunça, obviamente. Mas é ótimo e representa o que penso também. Somos tão insignificantes e nos consideramos deuses do universo.

          Ralph Waldo Emerson



          "O objetivo da vida não é ser feliz. É ser útil, honrado, compassivo, fazendo com que nossa vida, bem vivida, faça alguma diferença."

          Pé na tábua (não sei a autoria)

          Observação inicial: um texto de uma prova de português da 6ª série. Tirei 6,5. Mas achei o texto ótimo! Não sei de quem é, como a maioria dos postados aqui. 

          Mário de Tal, vulgo Pé na Tábua, considerado pela maioria como inimigo público, mas fichado na Inspetoria de trânsito como motorista profissional, saiu do café mastigando um palito, entrou no lotação que deixara à porta do motor ligado, olhou os passageiros que esperavam resignadamente o início da viagem e, com o ar superior dos que comandam, atirou o palito pela janela e pôs o carro em movimento.

          Mário de Tal, vulgo Pé na Tábua, ganhando pouco, mas correndo muito, na esperança de fazer mais uma viagem e receber mais uns trocados, ia em demanda do centro, Via Túnel Novo.

          Pé na Tábua, na altura do Lido, xingara a mãe de um colega que lhe fechara a frente, na ânsia de disputar-lhe o passageiro. O palavrão que resultou da fechada saiu sonoro, isolado, indiscutível, o que nos leva a considerar que pelo menos as senhoras bem nascidas (não faço idéia do que signifique isso para o autor) devem seguir o conselho do aviso e "não falar com o motorista".

          Mário de Tal, vulgo Pé na Tábua, não ficou só nisso não. Ao entrar na Princesa Isabel, fê-lo com um sinal fechado, quase atropelando um senhor gordo e lento, que apesar dos pesares, correu a bom correr. Parecia que Mário de Tal, lá no seu íntimo, lamentava o fato de o homem gordo ter escapado às rodas do lotação, castigo que bem merecia por confiar ingênuo num sinal de trânsito favorável.

          Mário de Tal, mesmo sob os protestos de um cavalheiro do terceiro banco, entrou na contramão diversas vezes, assim como tocou a buzina em frente ao hospital e não diminuiu a velocidade quando passou em frente ao colégio. Parou em cima da faixa, recolheu passageiros sem encostar no meio-fio e acenou com intimidade para o guarda que encontrou em seu acidentado intinerário. 

          Depois que olhou para trás a fim de verificar se já ia lotado, operação que executou sem diminuir sequer a marcha, Mário de Tal redobrou seus malabarismos de cowboy do asfalto e tornou-se mais Pé na Tábua do que nunca. Não havia mais lugar no carro, logo também não havia motivo para continuar a oitenta por hora, como pediam as tabuletas, pregadas nos postes ao longo da pista. 

          Mas, de repente - e ninguém diria que um camarada com aquela auto-suficiência pudesse fazer uma coisa assim - Mário de Tal, vulgo Pé na Tábua, deu uma travada violenta, os passageiros foram atirados uns contra os outros, o carro derrapa, um segundo golpe de direção é tentado em vão e os gritos assustados da mulheres confundem-se com o barulho do choque do lotação com o muro. Pronto! Agora terá que indenizar a companhia pelo estrago, agora terá que discutir e talvez até brigar com os passageiros, mas, em compensação, Mário de Tal, vulgo Pé na Tábua, considerado pela maioria como inimigo público, salvou a vida de um vira-lata que se pusera à frente de seu carro. 

          E não adiantava - porque ninguém entenderia - explicar aos outros que tudo aconteceu porque, ao ver o vira-lata, lembrara-se de que seu filho tivera em vida um cachorrinho igual.

          Depois da morte (não sei a autoria)

          O imperador mandou chamar o mestre zen Gudo à sua presença.

          - Gudo, ouvi falar que você é um homem que tudo compreende - disse o imperador. - Eu gostaria de saber o que acontece com o homem iluminado e com o pecador, depois que ambos morrem? 

          - Como vou saber? - respondeu Gudo.

          - Mas, afinal de contas, você não é um mestre iluminado?

          - Sim, senhor. Mas não um mestre morto.

          Esse senhor da foto é um mestre espiritual chamado Osho. Ele é autor de um livro que pessoalmente considero muito bom, chamado Coragem: o prazer de viver perigosamente.
          Para saber mais sobre Osho, sua vida e obra, aqui: http://www.oshobrasil.com.br/principal.htm

          Definitivamente não é você (não sei a autoria)

          Observação inicial: a questão religiosa e o status da mulher nesse texto me incomodam um pouco, mas a mensagem é muito importante: aprender a apenas nos imaginar na situação alheia, mas nunca a nos impor sobre os outros - e isso fazemos de muitas formas, diariamente.

          Quando estava em seu leito de morte, Jacob chamou a mulher Sarah:

          - Querida Sarah, quero fazer meu testamento. Vou deixar para meu primogênito Abraão metade da minha herança. Afinal de contas, ele é um homem de fé.

          - Não faça isso, Jacob! Abraão não precisa de tanto dinheiro. Já tem seu emprego, sua firma, já tem até mesmo fé em nossa religião. Deixe para Isaac, que está vivendo muitos conflitos pessoais sobre a existência de deus, e ainda não se ajeitou na vida. 
          - Está bem, deixarei para Isaac. E Abraão ficará com minhas ações.

          - Já disse, meu adorado Jacob, que Abraão não precisa de nada! Eu fico com as ações, e poderei prover qualquer um de nossos filhos se algum dia necessitarem.

          - Você tem razão, Sarah. Vamos então às nossas propriedades em Israel. Acho que devo deixar para Deborah.

          - Deborah? Você enlouqueceu, Jacob. Ela já tem propriedades em Israel. Você quer que se transforme em mulher de negócios e termine arruinando seu casamento? Acho que nossa filha Michele precisa muito mais de ajuda!

          Jacob, reunindo suas últimas energias, levantou-se indignado: 

          - Minha querida Sarah, você tem sido uma excelente esposa, uma excelente mãe, e sei que quer o melhor para cada um de seus filhos. Mas, por favor, respeite meus pontos de vista! Afinal, quem é que está morrendo? É você ou sou eu?


          Nunca se esqueça o que viu (não sei a autoria)

          Jean passeava com seu avô por uma praça de Paris. Em determinada altura, viu um sapateiro sendo destratado por um cliente, cujo calçado apresentava um defeito. O sapateiro escutou calmamente a reclamação, pediu desculpas e prometeu refazer o erro. Pararam para tomar café num bistrô. Na mesa ao lado, o garçom pediu a um homem que movesse um pouco a cadeira para abrir espaço. O homem irrompeu numa torrente de reclamações e negou-se. 



          - Nunca esqueça o que viu - disse o avô para Jean. - O sapateiro aceitou uma reclamação, enquanto este homem ao nosso lado não quis mover-se. Os homens úteis, que fazem algo útil, não se incomodam de serem tratados como inúteis. Mas os inúteis sempre se julgam importantes e escondem toda a sua incompetência atrás da autoridade.





          Breve história da Medicina (não sei a autoria)

          500 D. C. - Venha até aqui e coma esta raiz.

          1.000 D. C. - Esta raiz é coisa de ateu. Faça esta oração ao deus que está no céu.

          1.792 D. C. - O deus não está no céu. Quem reina é a razão. Venha até aqui e beba esta poção.

          1.917 D. C. - Esta poção é para enganar o oprimido. Sugiro que você tome este comprimido.


          1.960 D. C. - Este comprimido é antigo e exótico. Chegou o momento de tomar antibiótico.

          1.999 D. C. - Antibiótico te deixa fraco e infeliz. Eis um novo tratamento: coma esta raiz.


          O sábio e o pássaro (não sei a autoria)

          Era uma vez, num determinado reino vivia um sábio. Ele era o mais sábio dos sábios e nenhuma questão que lhe fosse levada ficava sem solução. Ele sabia tudo de tudo. 

          Existia nesse reino um plebeu que não se conformava com isso. Ele não aceitava o fato do sábio conseguir decifrar qualquer enigma, fosse ele qual fosse. Durante muito tempo o plebeu ficou arquitetando uma forma de pegar uma peça no sábio.

          - Tem que existir uma forma de enganar o sábio. Ninguém sabe tudo de tudo - pensava ele.
          Até que um dia ele descobriu uma forma, a qual nem mesmo o mais sábio dos sábios teria saída. 

          - Colocarei em minhas mãos, levemente, fechadas, um pequeno pássaro vivo e perguntarei ao sábio se o pássaro está vivo ou morto. Se ele responder que está morto, eu abrirei as mãos e o libertarei para o vôo. Se ele responder que está vivo, eu o apertarei com os dedos e o matarei. O sábio não terá saída. 
          Assim fez. 

          Diante do sábio ele procedeu como acima exposto, perguntando se o pássaro estava vivo ou morto. 
          O sábio olhou bem nos olhos do plebeu e respondeu:

          - Meu bom homem, a vida desse pássaro está em suas mãos.

          Jean-Paul Sartre e Deus

          "Eu precisei de Deus. Ele me foi dado, e eu o recebi sem compreender direito o que estava procurando. Então, porque meu coração não deixou que ele lançasse ali suas raízes, Deus terminou morrendo em mim. Hoje, quando o mencionam, eu digo como se fosse um velho tentando reviver uma velha chama: há 50 anos, se não houvesse um mal entendido, se não houvessem certos equívocos, se não houvesse o acidente que terminou nos separando, nós dois teríamos um belo caso de amor."